por Ryan Halvorson em 20 de Set., 2017
Pesquisas anteriores determinaram uma ligação entre a síndrome metabólica e a redução dos níveis de treinamento de resistência e força muscular. Um novo estudo visou determinar se os exercícios de resistência – com ou sem exercícios aeróbicos – poderiam oferecer proteção contra o desenvolvimento da doença.
Facilitado pelo Instituto Cooper® em Dallas, o estudo incluiu 7418 cobaias (idade média 46 anos, 81% homens) e os acompanhou por até 19 anos (o acompanhamento médio foi de 4 anos). Os participantes completaram exames extensos que incluíam composição corporal, química do sangue, pressão sanguínea, entre outros. Eles também auto relataram informações sobre participações em exercícios.
De acordo com os dados, 38% dos participantes relataram praticar exercícios de resistência regularmente, com média de 60 a 119 minutos de treinamento de resistência por semana. Aqueles que completaram o maior volume de treinamento de resistência tendiam a ser mais jovens, mais magros e mais ativos em exercícios aeróbicos do que aqueles que faziam menos treinamento de força.
Ao longo da intervenção, 15% dos participantes desenvolveram síndrome metabólica. Após analisarem os dados, os autores tiraram estas conclusões primárias:
- Atender as diretrizes de atividade física para os exercícios de resistência parecia oferecer um efeito protetor contra a síndrome metabólica.
- Menos de 1 hora por semana de treinamento de resistência reduziu significativamente o risco de síndrome metabólica, comparado com nenhum exercício de resistência. Mais de 1 hora de exercícios de resistência não providenciou nenhum benefício adicional.
- Atender as diretrizes de exercícios aeróbicos e de resistência se provou mais eficaz e estava ligado a um risco 25% menor de desenvolver síndrome metabólica, comparado com não atender nenhuma diretriz.
“Os clínicos deveriam recomendar rotineiramente um treinamento de exercícios de resistência, além do treinamento aeróbico, para a prevenção da síndrome metabólica e o risco de futuras doenças cardiovasculares (DCV)”, disseram os autores. “Além disso, indivíduos com fatores de risco de DCV devem considerar um programa de exercícios mais individualizado, seguro e eficaz, sob a direção de um profissional de exercícios qualificado.”
O estudo foi publicado em Mayo Clinic Proceedings (2017; doi: http://dx.doi.org/10.1016/j.mayocp.2017.02.018).