Beach, Howarth & Callaghan (2008) realizaram um estudo que perguntou: Flexões são pilares de treino, pois podem aumentar a força e resistência dos membros superiores e, ao mesmo tempo, exigem uma grande ativação muscular do núcleo para manter a boa forma e a posição adequada. Beach e seus colegas escolheram investigar se as flexões executadas com um dispositivo de exercício de suspensão requerem uma maior ativação na parede abdominal e dorsal do que as flexões tradicionais.
Onze homens treinados de forma recreacional (idade média, 27 anos) se voluntariaram para o estudo. Todos eles realizaram tanto as flexões tradicionais quantos as flexões suspensas, completando uma série cada – entre 8 e 10 repetições – com 2 minutos entre as séries para evitar a fadiga. Nas flexões suspensas, os pés dos participantes foram estabilizados sobre uma plataforma sólida e as mãos foram colocadas no dispositivo de suspensão. A ordem dos exercícios foi aleatória.
Ensaios de familiarização antes da coleta de dados asseguraram a forma, a técnica e a taxa de repetições adequadas. Diodos emissores de luz infravermelha foram colocados sobre os participantes para que pesquisadores visualizasse a cinemática, e marcadores de eletromiografia foram colocados em sete grupos musculares de tronco bilateral – abdome reto, oblíquos externos, oblíquos internos, grande dorsal e paraespinhais em T9, L3 e L5 – dados fornecidos pela EMG.
Os resultados mostraram que as flexões suspensas exigiram mais dos músculos da parede abdominal e da grande dorsal do que as flexões tradicionais. Os níveis médios de ativação do músculo do reto abdominal, dos oblíquos abdominais externos, dos oblíquos abdominais internos, e da grande dorsal foram, respectivamente, 184%, 46%, 54% e 59% maior durante as flexões suspensas do que nas flexões tradicionais.
As flexões suspensas também produziram maiores forças de compressão nas vertebras L4 / L5 da coluna lombar do que as flexões tradicionais, mas os autores notaram que as forças não ultrapassaram os valores estabelecidos para o carregamento seguro da coluna vertebral. Os autores alertaram que, apesar de maiores forças de compressão poderem aumentar a estabilidade da coluna vertebral, as cargas maiores aumentam o risco de dor em pessoas com problemas na parte inferior das costas.
Referencia: www.ptonthenet.com