by Justin Price | Date Released : 26 jan 2017
Dores nos pés afetam um quarto da população em algum momento impactando negativamente na qualidade de vida, atividades diárias e a capacidade de se comprometer com em um programa de exercícios (Thomas et al., 2011; Hill et al., 2008). Então porque dores nos pés predominante e o que você pode fazer para que seus clientes (e você mesmo) entendam e aliviem as causas básicas desse problema universal.
Objetivos do aprendizado
- O leitor irá aprender porque pronação é necessário e função vital dos pés e tornozelos
- O leitor irá aprender como excesso de pronação podecausar dores e disfunções nos pés e tornozelos
- O leitor irá aprender como avaliar visualmente um cliente com excesso de pronação e recomendações gerais para corrigir esse desequilíbrio
Pronação não é um mundo obsceno
Muitas pessoas com recorrente dores nos pés procuram soluções na internet, conselhos de vendedores falando sobre os benefícios de tênis ortopédicos e tentam todos os tipos de conselhos para auxiliar seus pés na tentativa de aliviar suas dores. Na busca de uma cura, essas pessoas são geralmente informadas que a raiz do problema é a pronação de seus pés. Acreditando terem encontrado a causa de suas dores eles acabam se prendendo a ideia que pronação é ruim e deve ser prevenido a qualquer custo. Entretanto, quando se trata em compreender e aliviar as dores nos pés, nada poderia estar mais longe da verdade!
Pronação é uma necessária (e extremamente importante) função da estrutura do pé e tornozelo que ajuda não somente o pé, mas o todo o corpo, transferir e aceitar peso durante praticamente todas as atividades. (Ex. em pé, pulando, abaixando, surfando, esquiando, correndo, praticando quase todos os esportes, cozinhando, limpando, tomando banho, etc.) Pense na pronação como o sal. Sódio (sal) é vital e nutriente importante que permite o corpo funcionar melhor e mais eficiente. Nos ajuda a reter água, digerir comida e preservar o sistema musculoesqueletal/neuromuscular. Contudo, sal em excesso é extremamente perigoso e pode causar hipertensão, retenção de água e até a morte (MacGregor & Wardener, 1998). Entretanto, enquanto pronação é essencial para otimizar a função do pé, muita pronação ou overpronation pode levar a recorrente dores no pé (como também toda uma série de dores no resto do corpo onde o corpo tenta compensar as disfunções no pé)
Porque pronação é útil
Pronação é um pensamento típico de que é um simples movimento para dentro do pé na linha média do corpo (um plano frontal de movimento). Contudo, pronação na verdade incorpora três planos de movimento. Isso significa que movimento ocorre não somente de lado a lado durante a pronação, mas para frente e em rotações também; os ossos da canela veem para frente do pé em dorsiflexão: um movimento de plano sagital, o osso do calcanhar rola para dentro em inversão: um plano de movimento frontal, e o pé gira para fora levemente em relação ao tornozelo (abdução; um plano de movimento transverso) (Houglum, 2016). Esses três movimentos inerentes à pronação permitem o tornozelo, canelas, joelhos, coxas, quadris, pélvis, coluna, ombros e cabeça moverem-se para frente, pros lados, e girarem sobre os pés. Igualmente, esses movimentos também asseguram que toda a forte estrutura de suporte do pé (tendão de Aquiles, arco médio longitudinal, arco longitudinal lateral, arcos transversos de todos os cincos dedos) estão estimuladas corretamente para absorver e dissipar impacto. O excesso de pronação por outro lado, interrompe todos esses movimentos. Isso faz com que o calcanhar caia em excesso para dentro, o tornozelo não curve para frente suficientemente e o pé girar demais para fora. Essas disfunções de movimento causam tensão, estresse e eventualmente dor.
Como saber se alguém têm Excesso de pronação?
Existem muitas técnicas práticas de avaliação que podem ser usada para estimar se alguém possui excesso de pronação. Entretanto, alguns das avaliações mais simples e usadas pelos treinadores/fisioterapeutas/médicos são avaliações visuais que podem ser facilmente observados por um observador treinado (Price & Bratcher, 2010). Comece a avalição visual para o excesso de pronação instruindo seu cliente a ficar em pé descalço em uma posição normal de frente para você. Agora olhe para os pés, tornozelo e dedos dos pés do cliente. Especificamente, você está procurando pelo aparecimento de joanetes, calos, dedos que não estão apontando para frente (um dedão que aponta para os dedos menores é chamado de hálux valgo inchaço e inflamação dos pés/tornozelos e pés que estão virados para fora como um pato (abertos). A presença de algum (ou todos) desses, sugerem que o cliente habitualmente possui excesso de pronação e não está aceitando, transferindo ou absorvendo impacto através dos pés corretamente.
Por que essas dicas visuais indicam para o excesso de pronação? Porque este é caracterizado por uma queda do pé e tornozelo para dentro da linha média do corpo e a canela não indo totalmente para frente do pé como deveria. Isso significa que o peso está transferido através da parte de dentro do pé sobre aceitação de peso em vez de ser transferido para frente até o dedão e os dedos dos pés. Essa pressão excessiva em cima da parte de dentro do pé causa inflamações na primeira articulação do dedão e calos na pele. Uma vez que o resto do dedão não está sendo utilizado para ajudar na transferência de peso, o dedão eventualmente muda de posição para fora da posição (joanete). Os dedos menores encontram-se constantemente forçando no chão na tentativa de manter o equilíbrio e acabam torcidos e curvados. Além disso, como o pé e o tornozelo caem para dentro isso comprimi os tecidos nessas áreas o que pode resultar em inchaço e dor. O excessivo movimento para dentro do tornozelo e joelho, característicos do excesso de pornação, também fazem com que o joelho e a parte de cima da perna fiquem fora de alinhamento e para dentro da linha média do corpo. Para compensar essa posição de rotação interna do tornozelo e do joelho, uma pessoa vai inconscientemente girar os pés para fora visivelmente para ajudar girar externamente a tíbia e a fíbula e alinhar a patela para frente novamente. Esse é o porquê que uma pessoa com excesso de pronação teria uma posição do pé abduzido quando em pé ou caminhando.
O que você pode fazer para prevenir o excesso de pronação?
O Excesso de pronação pode causar inflamação das articulações do pé e tornozelo. Essa inflamação pode levar o sistema nervoso a restringir o movimento nessas áreas para prevenir futuras dores e inflamações. Como resultado alguns músculos e tecidos leves “contraem” para limitar o movimento enquanto outros trabalham mais tempo para compensar aqueles que não estão fazendo seu trabalho corretamente. Portanto, os primeiros estágios para re-treinar e reabilitar os pés envolvem seguir um programa regular de autoliberação miofascial. Isso irá ajudar a melhora da saúde e flexibilidade na estrutura desses tecidos leves que tornaram-se limitados como resultado da excesso de pronação. Essas estratégias devem focar nos músculos que promovem o movimento (pronação) em todos os três planos do movimento (tibial anterior, tibial posterior, peroneais, flexor longo do hálux, gastrocnêmicos e sóleo. Técnicas de alongamento devem então serem introduzidas após que trabalho auto liberação miofascial tenha sido feito, para aumentar a capacidade dos pés e tornozelos de rolar para dentro, curvar para frente e girar. Essa variedade dos exercícios de movimento são vitais para preparar os pés e tornozelos a progredir, reforçando a correção e movimento de suporte de peso. Conforme você conduz seu cliente na fase de fortalecimento do programa de exercícios de correção, é importante lembrar de aumentar peso gradualmente para que você não sobrecarregue seus corpos e simplesmente ative o sistema nervoso para “apertar novamente” como proteção.
More Education
If you are interested in learning more about assisting clients affected by foot/ankle pain, check out Corrective Exercise Solutions: Foot & Ankle Pain. Also available from the Biomechanics Method is the Corrective Exercise Specialist Course, a complete guide on helping clients who have foot, ankle, knee, shoulder, neck or back pain.
References
- Hill C., Gill T., Menz H. & Taylor A. (2008). Prevalence and correlates of foot pain in a population-based study. Journal of Foot and Ankle Research, July, 1, 2.
- Houglum, P. (2016). Therapeutic exercise for musculoskeletal injuries. (Fourth edition). Champaign, Illinois: Human Kinetics.
- MacGregor, G. A., & Wardener, H. E. (1998). Salt, diet and health. New York: Cambridge University Press.
- Price, J., & Bratcher, M. (2010). The BioMechanics Method corrective exercise specialist certification program. San Diego, CA: The BioMechanics Press.
- Thomas, M. J., Roddy, E., Zhang, W., Menz, H. B., Hannan, M. T., & Peat, G. M. (2011). The Population Prevalence of Foot and Ankle Pain in Middle and Old Age: A Systematic Review. Journal of Pain. Dec;152 (12):2870-80.
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