bases de um programa de exercícios para clientes com baixa densidade óssea

Depois de 50 anos de idade, os adultos normalmente perdem cerca de 1% da sua força nas pernas e 0,5% de sua densidade mineral óssea a cada ano (Gourlay et al. 2012). Se isso não parece grave, então precisamos considerar a diminuição da força nas pernas e não a demência ou a incontinência como o maior motivo da perda de independência em idosos (Studenski et al. 2003).
Existem maneiras de combater este aparentemente declínio inevitável, mas como fazer isso? E o que é contraindicado para clientes cujo os níveis de densidade óssea já são baixos?

Construção Óssea e Combate às Quedas

A ciência nos diz que, a fim de ficarmos fortes, devemos sobrecarregar os músculos alvo além dos níveis de atividade diária. Para aumentar a força em oposição à resistência, a fadiga deve ser alcançada em 8-12 repetições. Se 15-20 ou mais repetições puderem ser realizadas, a resistência é melhorada, mas o osso não é restaurado (Chahal, Lee & Luo 2014).
A potência muscular (a capacidade de produzir força rapidamente) emergiu como a variável mais importante do que qualquer força muscular ou massa muscular no declínio funcional. Em uma pesquisa baseada em um ensaio clínico aleatório, Gianoudis e seus colegas descobriram que um programa de exercícios multiarticular, incorporando o treinamento de força de alta velocidade, reduzia quedas e fatores de risco de fratura em adultos mais velhos (Gianoudis et al. 2014).
Além da força nas pernas, o que é crucial, elementos-chave para a manutenção da independência e de proteção contra as quedas são o equilíbrio, a força, a mobilidade da coluna vertebral (especialmente a coluna vertebral torácica) e a extensão do quadril. Movimentos contraindicados para clientes com (ou em risco de) osteoporose são a flexão da coluna vertebral e extremos e a rotação e flexão da coluna vertebral lateral.
Vamos rever as condições de segurança que se aplicam aos clientes com níveis baixos de densidade óssea e, em seguida investigar se o Pilates ou o Ioga podem oferecer algum estímulo suficiente para melhorar as habilidades físicas sem aumentar o risco de fratura de um cliente.

Princípios do Programa: Começando

Um programa para um cliente com osteoporose ou osteopenia deve centrar-se, sobretudo, nesses cinco componentes:

– Prevenção de fraturas (mais importante!)
– Força nas pernas
– Equilíbrio
– Extensão torácica
– Extensão do quadril

Todas as intervenções para clientes com baixa densidade óssea devem começar com uma avaliação. Impor um teste de densidade óssea antes do exercício não é necessário. Ocasionalmente, os clientes podem não ter convenio médico ou poderem arcar com os custos de um teste. Não ter acesso a densitometria óssea não deve proibir um cliente de iniciar um programa de exercício que poderia reduzir o risco de quedas, fraturas e perda de independência.
Mesmo sem um estudo de densidade óssea existem alguns indicadores que podem mostrar se um cliente pode ter baixa densidade mineral óssea:
• Perda de altura maior do que 1 polegada
• Presença de cifose
• Genealogia
• Fratura prévia

Antes de iniciar um programa de exercícios, ensinar o cliente a proteger a coluna vertebral, quadril e costelas contra uma fratura. Explique que o foco é para prevenir quedas. A consciência do corpo e a educação em princípios de equilíbrio ajudará o cliente a aplicar precauções de prevenção de fraturas em qualquer exercício, esporte ou movimento diário.
Com ou sem a presença de uma fratura vertebral, um cliente pode começar com segurança um programa de exercícios se você garantir que ele ou ela cumpra as seguintes precauções:

– Evitar arredondamento da coluna vertebral quando envolvido nas atividades da vida diária.
– Excluir os seguintes exercícios/movimentos:

• Abdominais crunch
• Tocar o dedo do pé
• Se inclinar para frente
• Abdominal oblíquo com rotação
• Flexão lateral da coluna vertebral
• Girar/Rotacionar a coluna
• Rotacionar o fêmur

Para identificar exercícios benéficos para incluir em um programa, observe o cliente se levantar de uma cadeira:
– O cliente usa as mãos para se levantar? Isto pode indicar fraqueza dos membros inferiores.
– O cliente não consegue pressionar os joelhos um contra o outro? Isto pode indicar fraqueza dos membros inferiores e possivelmente levar a dor no joelho.
– O cliente se curva para ficar em pé? Isso pode colocar a coluna em risco de fratura.
– O cliente consegue ficar em pé com um bom equilíbrio?

 

Referências
Chahal, J., Lee, R., & Luo, J. 2014. Loading dose of physical activity is related to muscle strength and bone density in middle-aged women. Bone, 67C, 41-45.
Gianoudis, J., et al. 2014. Effects of a targeted multimodal exercise program incorporating high-speed power training on falls and fracture risk factors in older adults: A community-based randomized controlled trial. Journal of Bone and Mineral Research, 29 (1), 182-91.
Gourlay, M.L., et al. 2012. Bone-density testing interval and transition to osteoporosis in older women. New England Journal of Medicine, 366 (3), 225-33.
Studenski, S., et al. 2003. Physical performance measures in the clinical setting. Journal of the American Geriatrics Society, 51 (3), 314-22.

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