Quadril: a engrenagem que conduz o corpo

Texto adaptado de Joe Przytula ATC, FAFS

Quando o quadril funciona corretamente, ele vira seu melhor amigo, podendo ajudar as articulações mais distantes, como o ombro ou o tornozelo. O coach de força, Vern Gambetta, o chama de “a engrenagem que conduz o corpo”. 

O Quadril possui dezessete dos músculos mais longos e grossos do corpo diretamente ligados a ele. Mas não procure por eles, eles são superficialmente escondidos pelo grande colchão que chamamos de glúteo máximo. 

Esta região do corpo é resistente, tem uma ventosa profunda de um acetábulo, com uma cabeça do fêmur tão redonda quanto do Mini-Me, e uma cápsula sinovial espessa para selagem. Dessa forma, o segredo do poder do quadril é sua contribuição para o carregamento tridimensional (redução de força) e descarregamento (produção de força). Conceito muito usado no Gray institute “load to explode”  

Lesão no joelho e sua relação com o quadril

Vamos usar uma Lesão no joelho, mais precisamente uma lesão de ligamento cruzado anterior (LCA), como exemplo. Os protocolos tradicionais de reabilitação enfatizam os quadríceps e tendões. No entanto, o fisioterapeuta e biomecânico, Daniel Cipriani, pontua que esses músculos só se tornam protetores quando o ângulo de flexão do joelho se aproxima de 90 graus. Mas agora, observe acima na musculatura posterior do quadril. Por meio de sua orientação multidirecional, a orientação multiplanar do fêmur é bem projetada para controlar o movimento tridimensional do joelho, sendo mais crítica a rotação interna, a adução e a flexão.

A relação ombros e quadril

Seguindo a cadeia cinética vamos até os ombros. O quadril pode proteger a instabilidade anterior do ombro que cria problemas no manguito rotador? Pode apostar que sim! Agora, vamos falar sobre a infame “Front butt”(não tem uma tradução especifica, mas seria o oposto à bunda), incluindo o iliopsoas, abdominais, adutores, reto femoral, entre outras. 

Tente você mesmo: fique em pé apoiado no pé esquerdo com o braço direito horizontalmente afastado do ombro e com o cotovelo flexionado. Você sente o puxão dos quadris? Isso quer dizer que eles estão trancados e carregados para explodir, assim como o abdômen por meio da reação em cadeia entre o quadril e o ombro. Agora vire a parte oposta à bunda, sentando-se nela. Faça o mesmo alcance do braço, sente a diferença?

Dessa forma, deixamos os quadris felizes. Eles adoram as forças de reação do solo, gravidade, massa e momento. Eles preferem agachamentos lunge ou convencionais e subir em degraus. Assim, adicionar um pouco de braço na mistura é como colocar chantilly no topo.

A melhor maneira de se movimentar

Eles amam variedade na mudança de direção, plano, velocidade e carga, isto é a essência do treinamento funcional. No entanto, é preciso ter cuidado ao nutrir os quadris com calorias vazias. Muitos exercícios realizados nas posições de bruços, deitado de lado ou decúbito dorsal são o que Gary Gray considera como “isolamento isolado”. Dessa forma, eles desligam as linhas telefônicas dos quadris (proprioceptores) do resto do corpo e destrancam esses elos das fáscias. Sendo assim, eles devem ser usados moderadamente, o sedentarismo não nutre o quadril. 

Sentar-se e atividades que exigem estática permanente e prolongada, promovem padrões capsulares prejudiciais. Dessa forma, interromper esses padrões com “lanches” frequentes ajuda a religar essas linhas.

 

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