Dor anterior no joelho – Local da dor X Fonte da dor (Parte 2)

Programa de tratamento para a Síndrome da dor femoropatelar.
O seguinte programa de tratamento é sugerido para a síndrome da dor femoropatelar: 

 

Passo 1 – Massageie o tecido mole do glúteo médio

O trabalho do tecido mole para glúteo médio pode ser feito com bola de tênis e rolo de espuma ou por um qualificado terapeuta, instrutor, etc. (se possível). 

 

Passo 2- Use treinamento neuromuscular reativo

Use treinamento neuromuscular reativo* para os abdutores do quadril em conjunto com um programa de fortalecimento para os extensores do quadril e do joelho, com foco em exercícios de perna única sem suporte e exercícios de alcance de movimento progressivo, se necessário.

* O termo Treinamento Neuromuscular Reativo pode ser confuso, já que o mesmo termo tem sido usado por dois fisioterapeutas bem respeitados para descrever dois processos de pensamento completamente diferentes. Mike Clark da Academia Nacional de Medicina Esportiva usa o termo Treinamento Neuromuscular Reativo para todas as intenções e propósitos no lugar do termo pliometria. Por outro lado, o conceito de Treinamento Neuromuscular Reativo do fisioterapeuta Gray Cook envolve a aplicação de uma tensão a uma junta em oposição à ação dos músculos. Em outras palavras, para atingir eficazmente os abdutores do quadril, uma faixa é colocada em volta do joelho e a perna é puxada com uma força de adução. A adição da força de adução estaria no efeito “turn on” dos abdutores.

 

   
Figura 1. Perna única sem suporte. Figura 2. Treinamento neuromuscular reativo (RNT) para o glúteo médio.

 

Passo 3 – Fortalecer os extensores do quadril.

  1. O fortalecimento dos extensores do quadril deve incluir três padrões distintos. Padrão um é um padrão de perna reta como no levantamento terra com a perna reta (na verdade, um equívoco, já que os joelhos são intencionalmente dobrados a 20 graus). Padrão dois é um padrão de perna dobrada que incorpora a mecânica aprendida nos exercícios “ponte” dos treinamentos do core. Padrão três é um padrão de flexão de perna incorporando a função extensora do quadril dos glúteos.

 

Padrão 1 – Good morning com perna única, polia baixa com alcance interior (20 graus de flexão dos joelhos, costas retas), levantamento terra na polia com uma perna (single leg pull through), levantamento terra com uma perna reta (figura 3 abaixo).

 

 

 

 

 

 

Figura 3. Levantamento terra com uma perna reta

 

Padrão 2 – variações de ponte e ponte com uma perna só (ver figuras 4 e 5 abaixo) usando o chão como base e trabalhando a partir de uma BOSU para ter uma estabilidade nessa “forma de amendoim” (um plano de instabilidade) e finalmente uma bola de estabilidade (instabilidade multiplanar). Esses exercícios alvejam os glúteos e, com adição de instabilidade, o grupo rotador do quadril.

 

   
Figura 4. Ponte com uma perna elevada (começo). Figura 5. Ponte com uma perna elevada (final).

 

Padrão 3 – O mistério com a flexão da perna na plataforma deslizante (ver figura 6 abaixo) é a função isométrica dos glúteos para manter a extensão do quadril, enquanto os isquiotibiais agem para flexionar e estender o joelho. Qualquer flexão do quadril anula a eficácia dessa classe de exercícios. Mesmo um grau de movimento no quadril anularia a função do glúteo. A melhor progressão de ensino é começar com uma ponte com os glúteos e abdominais contraídos e excentricamente inferiores em uma posição estendida.

 

 

 

 

 


Figura 6.
 Perna flexionada na plataforma deslizante.

Embora muito argumentem que os exercícios isolados monoarticulares não são funcionais, ainda é necessário treinar a ação concêntrica dos abdutores. Isso pode ser feito com glúteo lateral deitado de lado ou com uma abdução de pé em um reformer de pilates ou em um MVP Shuttle.

 

Pontos adicionais de ênfase

1 – Core – o treino de core deve sempre ser incluído em qualquer programa, mas, com dor patelofemoral, as variações de ponte e quadrúpedes devem ser usadas para dar ênfase no glúteo médio e no glúteo máximo.

2 – Resistência muscular/de condicionamento – o caminhar para trás é outro excelente exercício para o atleta ou cliente com dor patelofemoral. Esse exercício fornece menos estresse na articulação patelofemoral e é de fato uma série de cadeia fechada de extensões terminal do joelho. O andar para trás pode começar com um programa de esteira de intervalo com progressivas inclinações e progredir puxando um trenó de peso.

3 – Força excêntrica – o trabalho de força excêntrica deve focar na perna única com exercícios pliométricos com ênfase nas habilidades de “pouso”. Saltos devem ser para frente e também médios e laterais. Além disso, o MVP Shuttle pode ser usado para desenvolver habilidades de pouso para atletas que retornam de lesões ou atletas com pouca resistência em relação ao peso corporal.

A chave para lutar contra a dor patelofemoral é adotar uma abordagem bem arredondada que trabalhe na fonte da dor em relação ao local da dor e que leve em conta todas as funções dos membros inferiores.

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